29 de junho de 2014

IIII

Provavelmente sei que será dificil perdoares-me pelas palavras que te irei dirigir daqui para a frente. Desculpa-me. Desculpa-me se deixei de acreditar naquilo que sempre sonhei ter para mim. Desculpa-me se fui fraca e deixei que algo maior se apoderasse de mim, sabendo eu que não teria nunca forças para o largar. Desculpa-me se te afastei, impedindo-te de me protegeres até ao fim, tal como sempre prometeste. Desculpa-me se me faltaram as palavras, ou se te brindei com o excesso delas. Desculpa-me se não soube recolher as melhores, aquelas que mais merecias. Desculpa-me se fui o teu maior sonho e ao mesmo tempo a tua maior desilusão. Desculpa-me por não estar agora, neste dia que sei que é tão especial para ti, à porta de tua casa a dizer-te tudo isto - tal como tu fizeste tantas vezes. Desculpa-me se deixei de procurar o encaixe que sempre demos às nossas palavras. Desculpa-me pelas palavras não ditas, pelas ações não refletidas, mas sobretudo desculpa-me pelas promessas quebradas. Mas guardo-te sempre comigo, mesmo que os nossos mundos estejam de costas viradas, lembras-te?

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