26 de fevereiro de 2014

Achamos sempre que conseguimos ser imunes ao tempo. Que passe o tempo que passar, tudo e todos acabam por ficar. Achamos sempre, que com a base de uma promessa de dedos traçados, conseguimos impedir o tempo de levar quem mais queremos e o que mais tememos. Achamos que quando há amor, e muito amor, este resiste a tudo e a todos. Mal sabemos nós que o amor consegue ser tão vulnerável às partidas do tempo. Mal sabia eu que o nosso poderia ser tão tocável, quando nós sempre o idealizamos e projetamos ser tão intocável. Deixamos que nos trocassem as voltas, quando sempre juramos que estaríamos de mão dadas e com os braços à volta um do outro, mesmo que de costas para o mundo. Deixamos.... deixamos... tudo aquilo que sempre negamos que pudesse acontecer. E foi por nos acharmos tão superiores, tão intocáveis, tão três metros acima do céu, que nos deixamos cair num céu que não é já nosso. Deixamos que nos levassem tudo aquilo que sempre tivemos mais em nós: amor. 

16 comentários:

  1. Está tão puro e verdadeiro. Simples, mas lindo.

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  2. fico tão triste de ler estas tuas palavras. estou aqui, se precisares. força.

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  3. Tens toda a razão e concordo quando dizes: "Deixamos que nos levassem tudo aquilo que sempre tivemos mais em nós: amor."

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  4. É triste quando nos levam o amor. Está tão bonito o teu texto!

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  5. Não deixes que tirem de ti, que suguem todo o teu amor. Não o esqueças, não o deixes. Pode não ser o que era, mas ainda existe. Enquanto estiveres aí, sempre estará aquilo que tens.

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  6. ''Mal sabia eu que o nosso poderia ser tão tocável, quando nós sempre o idealizamos e projetamos ser tão intocável. Deixamos que nos trocassem as voltas, quando sempre juramos que estaríamos de mão dadas e com os braços à volta um do outro, mesmo que de costas para o mundo.''
    Tão eu, tão o que eu senti... Força. Adoro ler-te

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  7. É impressionante como nos tocas. Impressionante como não medes as palavras e ainda assim elas se encaixam tão perfeitamente como se tivessem sido inventadas para ficarem juntas e terem o sentido que tu lhes dás com a tua escrita. São pedaços calmos de céu, sem dúvida. Aliás, há muita calma e ternura nas palavras que escreves, nas frases que ficam a ecoar na nossa mente como verdades absolutas. Há muita calma na forma como nos identificamos, na forma como lemos, na forma subtil com que descreves histórias sem as comprometeres ou dares detalhes que lhe tirariam a magia de estarem sempre três metros a cima do céu. Continua!

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    1. incrível como me consegues deixar sempre mas sempre a sorrir com as tuas palavras! obrigada por acompanhares as minhas desde sempre, e por através de palavras como estas, me conseguires dar força para continuar! és linda:))

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  8. "E foi por nos acharmos tão superiores, tão intocáveis, tão três metros acima do céu, que nos deixamos cair num céu que não é já nosso." oh Claire, isto diz-me tanto! o amor, quando é amor, resiste, mas o amor é das pessoas que o carregam, e é preciso que haja força para o carregar. um barco não se rema sozinho, sempre me disseram. e cada vez acredito mais, sabes? acredito que é muito difícil encontrar quem tenha a coragem e ousadia para carregar o amor da forma mais pura que existe: amando.

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  9. Muito obrigada! Fico feliz com tais palavras

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  10. Todo este texto sou eu, infelizmente ou felizmente. Já nem sei! E tens razão, irá pesar... Para sempre
    Um beijinho

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  11. oh claire tens sempre as palavras que trazem os melhores sorrisos! és genial, genial!!

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  12. é a versatilidade do amor, tão frágil e ao mesmo tempo tão seguro de si...
    adoro

    ****

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  13. Muito bom. É bom voltar ao blog quase dois anos depois e ver que ainda se escreve com a mesma vontade e delito.

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