15 de abril de 2012

Por entre as estrelas da noite perguntaste-me quando é que isto tinha começado. E eu fiquei a olhar-te por instantes sem nada dizer, até perceber ao que te referias quando te vi sorrir. O amor. Perguntavas-me tu quando tinha ele começado. Bem, quando é que o amor começou? O amor começou entre nós ainda antes de ter começado. Um pouco antes. Nenhum de nós soube quando começou. Só se sabe depois de já ter começado. Não se sabendo bem de que matéria é feito, sabe-se só que já começou. E depois? E depois só sei que não acaba quando devia acabar, isto se acabar. Porque sempre te disse, que acho que há corações onde o amor aumenta sempre, que vai crescendo, sem nunca haver maneira de parar o coração. Acho que há amores que duram mais do que a vida, que não morrem com as pessoas, porque continuam com elas. E então? E então acho que é assim, que não há muito que se possa fazer quando um coração tem a liberdade de amar para sempre sem saber muito bem o que isso é. Durante toda a vida, do principio até ao fim. Pode-se esperar? Sim. Mas sem saber do que se espera. E penso que esse sim é o verdadeiro esperar, porque nunca ninguém pode adivinhar o que trás o amor. Pode trazer de tudo; o bom e o mau. Pode trazer as flores mas também os seus espinhos, pode trazer o sol mas também pode trazer a chuva. O amor é isto tudo e o que se pode esperar dele. É não saber o que é. Não haver palavras. E o que se pode fazer? Tu fica quieto, não faças nada. Ama-me mais de dia e de noite. Quem sabe se não somos nós um desses corações onde o amor nunca deixa de bater. Quem sabe se nós não somos desses que levamos o amor para outra vida e continuamos com ele. Quem sabe. Deixa-te estar quieto. O mundo não precisa de saber de nada disto. 

14 comentários:

  1. "Acho que há amores que duram mais do que a vida, que não morrem com as pessoas, porque continuam com elas." - adorei!
    E de facto, as promessas fazem-nos amar :))

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  2. Que texto cheio de ternura e sentimento, foi muito bom ler estas tuas palavras hoje. Um Beijo :)*

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  3. Palavras para quê? seriam poucas e vãs...insuficientes!Lindooooo

    Um beijinho

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  4. grande realidade, nunca se sabe quando começa nem quando acaba por daí as pessoas ficarem-nos marcadas para sempre. vou ficar atento ao teu blog :) um beijo

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  5. oh pois é, obrigada beatriz!:)

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  6. exacto, acho que o meu avô vai ser sempre aquela memória. e estou mesmo a pensar tatuar uma frase para ele no meu corpo :)

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  7. oh minha querida claire, eu apenas queria ser feliz com aquele que me conquistou a alma.. obrigada doce, muito obrigada **

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