9 de maio de 2013

E naquele preciso momento um calafrio instantâneo sobe-te pelo corpo acima e invade-te a alma. Arrepias-te. Porque não sabes de que é feito este arrepio. Se de medo, se de perigo de descoberta. Não sabes tão pouco se o queres saber. Porque não o conheces.. porque nunca sentiste tal coisa antes. Porque é costume ter medo do que não se conhece. E aquelas borboletas de que tanto se falam por ai, são gigantes, maiores do que as tuas próprias mãos. Voam pelo teu estômago, sem pousar em lugar algum, apenas baloiçando entre o sim e o não. Entre o poder e não poder. Entre o querer e o não querer. E tu não sabes até que ponto é que essas borboletas dentro de ti são boas, se te fazem sentir como nunca sentiste, ou se por outro lado, te deixam como nunca ninguém deixou. E voam.. sem nunca pousarem nos pensamentos, muito menos na consciência. Talvez um dia, saberás de que é feita esta sensação de novidade com mistura de medo ou receio. Talvez um dia. Hoje não. Porque hoje tu não podes. 

9 comentários:

  1. um dia saberemos de que são feitas todas essas essências. ou talvez não

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  2. que bonito, e não te preocupes querida, chega a um ponto em que tudo se torna mais nítido aos nossos olhos!

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  3. Eu já tinha muitas saudades de aqui vir :))

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  4. Talvez seja por não sabermos de que é feita essa sensação que a torna tão maravilhosa.

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  5. há tantos mistérios dentro de nós, não é princesinha? o medo, há algo de fascinante no medo. ele faz-nos temer, mas dá-nos força para o ultrapassarmos, e ainda dá essas borboletas de que falas, que voam sem poisar, que fascinam sem fascinar. é misterioso, é como se as desejássemos sentir, e como se as temêssemos quando as sentimos. o que nós somos, parece que somos tantas coisas que não sabemos, e o medo, eu acho que ele é parte de nós.

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  6. obrigada, e este texto é o meu reflexo. medo do desconhecido, eu.

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  7. Se a minha musica é muito boa, então que direi eu da tua? Adorei.
    Este texto transmite uma mensagem muito parecida com a que eu quis transmitir com um dos meus textos, identifiquei-me imenso. As borboletas tanto podem fazer-nos florescer como fazer-nos "morrer" por dentro.
    Gostei imenso, beijinhos

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