13 de janeiro de 2015

Não sabia que a tua ida iria significar o regresso das minhas palavras. Se calhar fiz mal em guarda-las só para mim enquanto eram os teus olhos de amor que me aqueciam os dias. Mas eu não podia. Não podia continuar a enganar o coração, como quem engana uma criança de cinco anos quando lhe diz que o pai natal ainda existe. Não podia continuar a chamar-te amor, apesar de ser isso a que me sabe o teu nome. Sabes quando tens a oportunidade da tua vida na mão e mesmo assim algo superior te diz que deves deixa-la ir? Mesmo sabendo que não se larga a oportunidade de uma vida, eu deixei-a ir. Deixei-te ir, sem saber que em sonhos esperas por mim. Desculpa-me se te depositei tanto em ti que agora não sabes como desprogramar-te de mim. Desculpa-me por agora congelar o nosso amor numa mera fotografia, onde os nossos olhos não se fecham e o coração não se quebra. No fundo sei que não precisamos de ser eternos no tempo, para seres eterno dentro de mim. 

1 comentário:

  1. por vezes as pessoas estão apenas a ser destinadas em nós e só em nós

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